Joaquim Albuquerque Tenreiro nasceu em Melo, Gouveia, 1906 e
faleceu em Itapira, 1992. Foi um marceneiro, projetista de mobiliário, pintor e
escultor moderno do Brasil.
Nascido em Portugal, mudou-se ainda novo para o Brasil, onde
exerceu a profissão de marceneiro, herdada da família, e depois a de projetista
de móveis, em diversas empresas no Rio de Janeiro, como Laubisch & Hirth.
No ano de 1942, projetou seu primeiro móvel moderno, para uma residência de
Francisco Inácio Peixoto, abandonando as práticas de então de copiar móveis em
estilo clássico europeu e dando uma nova visão moderna ao mobiliário.
A partir de 1943, montou sua própria empresa, com fábricas e
lojas no Rio de Janeiro e São Paulo, com grande sucesso profissional e de
crítica.
No final da década de 1960 resolveu encerrar a empresa e
dedicar-se às artes, principalmente a escultura em madeira, que já vinha
exercendo em paralelo com sua atividade principal, desde que fizera um curso de
desenho, em 1928 no Liceu Literário Português e no Liceu de Artes e Ofícios do
Rio de Janeiro. Em 1931, já integrara o Núcleo Bernardelli, grupo criado em
oposição ao ensino acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes, onde
desenvolveu seus pendores para a pintura, tendo demonstrado excelente
familiaridade com os pincéis. Nessa época, até a década de 1940, dedicou-se à
pintura de retratos, de paisagens e de naturezas-mortas.
Nas décadas de 1950 e 1960, desenhou mobiliário e painéis em
madeira, acompanhando o progresso da arquitetura moderna, para diversas
instituições, como o Itamarati e o SENAI.
Diversa exposições, livros e retrospectivas foram realizadas
sobre sua obra e Joaquim Tenreiro foi escolhido Melhor Escultor do ano de 1978
pela APCA.
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